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11/02/2021

SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO E NÃO O PROBLEMA

SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO E NÃO O PROBLEMA

As expectativas para 2021 vieram carregadas de motivação e de esperança com a chegada da vacina. Ainda que não surta um efeito imediato, mas pelo menos nos traz uma luz no fim do túnel, para podermos começar a retomar a normalidade. Entretanto, não podemos nos descuidar, pois há um longo caminho a percorrer.

A decisão prioritária deve ser de cuidar da vida das pessoas, mas não podemos esquecer que é preciso administrar o país e tentar tirar a economia da UTI. O setor produtivo vem sendo duramente penalizado desde o início da pandemia do Covid-19.

Acreditávamos que a economia estava tomando o rumo do crescimento, quando novamente nos deparamos com uma desaceleração, por conta ainda do momento que atravessamos, o que impossibilita muitos setores de retomarem suas atividades. Com isso a situação social, política e econômica vem se agudizando mostrando ainda mais as deficiências do país e jogando para baixo as perspectivas de crescimento. A culpa do avanço da pandemia não pode ser colocada no setor produtivo, nem tão pouco penalizar os empresários que tentam manter seus negócios e os empregos de centenas de famílias que dependem deles para viver e pagar suas contas, fazendo a roda da economia girar. Em plena pandemia, na contramão de medidas benéficas e necessárias, com muitos comerciantes tentando sobreviver, fomos surpreendidos pelo governo de São Paulo com o expressivo aumento do ICMS sobre veículos novos e usados. Essa medida fez com que as projeções de vendas para 2021, sofressem uma queda relevante. Gerando ainda mais receio de novas demissões agravando a situação das montadoras aqui instaladas que precisam sustentar suas estruturas. E ainda, parece que caiu no esquecimento do governo de São Paulo que os entregadores, foram protagonistas durante a pandemia permitindo que as famílias pudessem ficar em casa em segurança, recebendo suas encomendas, enquanto se arriscavam nas ruas para garantir o sustento de suas famílias.

Empresários e consumidores serão duramente impactados e onerados pelo aumento do ICMS, que poderá travar os negócios e tornar a recuperação da economia ainda mais lenta. Esse não é o momento para promover o aumento de impostos. Precisamos do apoio do estado de São Paulo para promover e incentivar o crescimento, diminuir a crescente taxa de pobreza e desemprego, trazer incentivos para a indústria e, diminuir o aumento de preços principalmente dos alimentos. Entendemos que o momento não é de gerar mais problemas e penalizar os comerciantes. Empregamos, geramos produtividade, consumimos de toda a cadeia produtiva. Não tivemos nenhum benefício tributário durante a pandemia, ao contrário até de outros estados. A arrecadação do estado foi de mais de R$ 229 bilhões, de janeiro a novembro de 2020. Dessa forma esperamos a revogação dessa medida.

Somos parte da solução e não do problema, não queremos ser penalizados.

Forte abraço,

Orlando Cesar Leone
Presidente da Anfamoto

 

Coluna publicada na Revista Motociclismo de Fevereiro de 2021

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