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06/06/2022

FALSOS ENTREGADORES NA MIRA DA POLÍCIA

FALSOS ENTREGADORES NA MIRA DA POLÍCIA

Todos os dias, com muita frequência, temos ouvido nos noticiários o aumento de crimes cometidos por falsos entregadores com motos e bags de aplicativos de entrega por delivery. Os motoentregadores que foram um destaque tão positivo durante a pandemia, por fazerem com que as pessoas pudessem ficar em casa, em segurança, enquanto cumpriam uma dura jornada de entregas de todo tipo de encomenda, e que chegaram a ser aclamados como “heróis da pandemia”, tem se visto em um lugar de discriminação, medo e preconceito. Já dá para perceber o grande impacto que essa situação tem tido no trabalho e na vida dos motoentregadores. Assaltantes estão se transvestindo trabalhadores para praticar livremente assaltos. A população está receosa e a polícia está abordando constantemente a todos para conseguir inibir esse tipo de ação. As empresas de aplicativos têm sido extremamente negligentes nesse assunto. Os apps tem conhecimento da venda irregular de perfis e de bags em centenas de grupos em redes sociais e até o momento não se engajaram na causa, como vem fazendo outras entidades ligadas ao assunto, para combater essa prática.

A polícia civil, especial e incansavelmente em São Paulo, vêm fazendo a sua parte, através da operação “Bad Delivery”, pois são roubados cerca de 42 aparelhos celulares por hora, e 90% desses roubos são feitos com motocicletas. Diante desse cenário não resta outra alternativa, a polícia, senão realizar blitz constantes para verificar quem trabalhador ou criminosos, parando a todos sem distinção. Essas ações criminosas só serão mitigadas se houver uma forte união entre o poder público, os aplicativos, as entidades que representam os motoentregadores, e a colaboração da própria categoria que tem que se proteger e ajudar a denunciar aqueles criminoso que estão no meio deles cometendo delitos. Por medo muitos não denunciam, mas a polícia tem canais como o Disque Denuncia 181 e podem fazer isso de forma anônima.

Os aplicativos não podem mais ficar no papel de meros intermediadores, sem nenhuma relação com os entregadores e deixar a responsabilidade apenas para a polícia. São cerca de 250 mil profissionais só no estado de São Paulo, que também são pais de família que estão levando seu sustento para casa. A rotina desses profissionais que ganham a vida pilotando suas motos não é fácil. Merecem nosso respeito e admiração constantes. Esperamos que essa fase acabe rapidamente e que possamos não olhar para os entregadores com medo e desconfiança.

Um forte abraço,

Orlando Cesar Leone

Presidente da Anfamoto

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